COMO AVIVAR UMA IGREJA Atos 2.42-47

Introdução
A igreja da era apostólica era uma igreja que vivia num estado de avivamento, cheia de milagres, grandes testemunhos de fé, salvação de vidas aos montes, manifestações do poder de Deus e ainda contava com pessoas cheias do Espírito Santo e de seus dons.
Quando olho esta situação, me pergunto: será que o avivamento acontece por acaso ? Será que, um dia, estaremos reunidos e, de repente, um vento forte entrará no templo e as pessoas serão cheias do Espírito Santo ? Serão então mais comprometidas com Deus, com Cristo, com a igreja e com seus irmãos ? Será que, por acaso, um dia, sem mais nem menos, vamos estar reunidos e uma onda de amor invadirá nossos corações e uma força maior nos conduzirá a uma vida de oração e estudo da Palavra ? Será que, um dia, igual a uma tempestade que nos pega de surpresa, nos atingirá e então passaremos a evangelizar as pessoas de nossos relacionamentos, passaremos a contribuir significativamente para Missões e para as necessidades da igreja local ?
Será que, um dia, vamos tropeçar em nossa carnalidade e cair de cara com o avivamento e com o propósito de Deus em nossas vidas, igual àquele que caiu e deu de cara com o chão ? Se o avivamento acontece tão de repente, como as ilustrações que dei acima, peço a Deus, desesperadamente, que seja hoje o dia. Mas, para minha tristeza e decepção, não é assim que vejo acontecer na Palavra de Deus. Na Bíblia, avivamento é resultado de uma busca perseverante da presença de Deus. Mas, no que devemos perseverar para buscar a presença de Deus e, conseqüentemente, o avivamento ?
Na minha opinião há, entre outras, três coisas essenciais para se buscar a fim de se obter um avivamento:

1 - Obediência à sã doutrina
O vs 42 afirma que, aqueles que se convertiam, perseveravam na doutrina. Eles não se convertiam para continuar a fazer o que queriam. O Salmo 119.4 nos diz que Deus nos deus "seus mandamentos para que o cumpramos à risca". A cada dia que se passa (os irmãos devem concordar comigo), ficará mais difícil fazer com que as pessoas, dentro da igreja, obedeçam à Palavra de Deus. Em II Timóteo 4.3-4, está escrito que, nos últimos dias, os homens não suportariam a sã doutrina, nem dariam ouvidos à verdade. Mas, se Deus nos convidou para integrar seu reino, este convite é para que também obedeçamos a sua Palavra, pois somos súditos e Ele é o rei.
Paulo, exortando a Timóteo, aconselha-o a praticar o exercício da piedade. Piedade é a obediência aos preceitos religiosos. Como nossa única regra de fé é a Bíblia, para nós, Batistas, exercitar-se numa vida piedosa é praticar uma vida de obediência à Palavra de Deus. Sem obediência, não pode haver avivamento pois a desobediência é rebeldia e rebeldia é igual à feitiçaria. Rebeldia é coisa do diabo e ninguém deve almejar ser avivado por Deus, fazendo, ao mesmo tempo, a obra do diabo !
Os livros de Reis e Crônicas nos dão o exemplo do Josias, um rei de Judá, rei caracterizado por seu amor e obediência à Palavra de Deus.
Acho que, depois de tudo isto, seria redundância falar da importância da Escola Bíblica na vida do crente e de sua relevância para o avivamento da igreja.

2 - Oração perseverante
O vs 42 afirma que eles perseveravam nas orações. Irmãos, sem medo de errar, eu digo que, o único caminho para um avivamento, é uma grande movimento de oração. Sem meninices, sem alardes mas com oração, súplicas e prantos pedindo um mover do Espírito na igreja de Deus. Leiamos Lucas 11.5-13 e vejamos o que Cristo disse para nos animar a orar. A promessa de Jesus, de que o Pai nos daria seu Espírito Santo, está ligado ao fato de pedirmos e buscarmos.
Os grandes movimento de Deus foram realizados através de pessoas de oração, Podemos citar os exemplos de Ana, Samuel, Elias, Eliseu, Davi e tantos outros. Aliás, eu queria incentivar, dentro da igreja, as reuniões familiares e inter-familiares para oração em prol do avivamento da obra de Deus aqui em São Bernardo do Campo.
Paulo orientou os crentes antigos a orarem sem cessar. Sigamos este excelente conselho.

3 - Amor fraternal
O vs 42 diz que eles perseveravam na comunhão. Eles seguiam à risca o mandamento de Jesus de "amar uns aos outros". Eles sabiam, pois ecoava em suas mentes os testemunhos fiéis dos apóstolos de que Jesus dissera que, só seriamos seus discípulos, se nos amássemos mutuamente. Isso eles seguiram à risca. Veja somente, neste texto, quantas manifestações há de amor fraternal. Não é dizer que, na igreja primitiva, não havia diferenças de pensamentos, Paulo e Pedro tiveram séria discussão mas este mesmo texto afirma que, em cada alma, havia temor.
Mais do que qualquer método de evangelização, a igreja apostólica crescia pela manifestação do amor de Cristo. Efésios 3.19 diz que o amor de Cristo excede a todo entendimento Efésios 2.14ss diz que Cristo retirou a barreira de separação. Ele destruiu a inimizade na cruz. Retirar a separação entre os irmão é obra de Cristo. Quem vive debaixo da cruz de Cristo, vive unido com seu irmão. O egoísmo, o orgulho, avareza e outros pecados que não nos permitiam viver em comunhão com outras pessoas, foram vencido na cruz e, hoje, fomos libertos deles por Jesus. Então, somos livres para amar nossos irmãos.

A Bíblia nos ensina muito sobre como amar nossos irmãos:
* Suportando-nos mutuamente.
* Levando as cargas uns dos outros.
* Sacrificando nossas vidas pelos irmãos.
* Ajudando-os em suas necessidades.
* Fazendo para eles o que gostaríamos que eles nos fizessem.
Este mandamento, de amarmos uns aos outros é importantíssimo pois:
* Qem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
* Quem não ama seu irmão, é assassino.
* Quem não ama, permanece na morte.
* Quem não ama, nunca viu Deus, pois Deus é amor.

Conclusão
Irmãos, se desejamos um verdadeiro avivamento de Deus em nossas vidas e em nossa igreja, comecemos esta obra através da obediência à Palavra, orando perseverantemente e amando-nos uns aos outros. Amém !
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Precisamos amar as pessoas sem esperar nada em troca, mesmo que nunca venham a Igreja. Vou lhe amar mesmo que jamais queira ouvir o Evangelho.