quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A PALAVRA DA CRUZ
"Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo" I Coríntios 1.17.
Sempre temos encontrado pessoas, que nos interrogam acerca da mensagem da Palavra da cruz, nos perguntando se não poderá haver pessoas que estejam salvas, mesmo sem nunca ter ouvido falar de sua morte juntamente com Cristo. O que entendemos na continuação da carta de Paulo aos Coríntios, no capítulo 2, no verso 12, é que o Espírito nos fará compreender as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus. O Espírito depois de estar habitando em nós, nos conduzirá a toda verdade.
Deus em Sua Palavra, no versículo que iniciamos, nos mostra que pregar qualquer outra mensagem, que não leve o pecador à mensagem da cruz, não contém o poder de Deus para a salvação, e é tornar a cruz de Cristo uma coisa vã, uma coisa sem valor. No versículo 18 do mesmo capítulo de I Coríntios, o apóstolo Paulo nos mostra que a Palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos, é o poder de Deus. Esta mensagem também é descrita nas Escrituras como "o evangelho"; e se alguém não conhece esta Palavra, nunca pôde crer nela, e não sabendo e nem crendo nela não pode estar em paz com Deus. Antes de Jesus vir, a lei é que conduzia o povo de Israel, mas ela era apenas um disciplinador, um aio, até que viesse a promessa: "Pois Cristo é o fim da lei para a justifica de todo aquele que crê" Romanos 10.4. Jesus é o evangelho, a boa notícia. A Palavra da cruz é Cristo crucificado. Em Cristo e este crucificado, Deus realizou uma obra de justiça e esta justificação foi tríplice em seus aspectos. Ninguém pode estar salvo se não estiver justificado pela fé, e ninguém pode estar justificado pela fé sem saber, e ninguém pode crer sem saber, portanto, para que alguém seja justificado por Deus, precisa primeiro saber, porque "a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus" (Romanos 10.17), para depois se arrepender e crer no evangelho. Este ato de justiça também precisa ser revelado no seu aspecto total, caso contrário ninguém pode ser totalmente justificado. Alguém para ser justificado por Deus precisa conhecer e crer nesta tríplice justificação que envolveu o sangue, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. A Palavra da cruz traz em sua revelação esta tríplice justificação. No sangue de Jesus, fomos totalmente perdoados dos nossos pecados que cometemos anteriormente: "sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos" Romanos 3.24-25. No seu sangue nós que estávamos longe, pudemos chegar perto: "Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto" Efésios 2.13. Nesta tríplice justificação, o sangue tem a função de tratar com os nossos pecados cometidos, e a nossa inimizade e a separação de Deus por causa do pecado, mas o sangue é só a primeira parte desta justificação. Muitos só conhecem esta parte da tríplice justificação de Deus, por isso, não podem ser libertos. Apenas tem por fé o perdão de seus pecados, e através desse sangue, pedem perdão pelos seus pecados que continuam a praticar. Mas Deus em Cristo Jesus também nos justificou pela Sua morte, fazendo-nos participantes quando por Jesus fomos atraídos em Seu corpo: "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim" João 12.32. Atraídos por Jesus em seu corpo, fomos identificados na Sua morte, onde o nosso velho homem foi com ele crucificado. Mortos com Ele, estamos justificado do pecado (notem pela Palavra de Deus, que aqui não se refere aos pecados, mas ao pecado, à fonte produtora de pecados, o homem velho): "sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. Pois quem está morto, justificado está do pecado" Romanos 6.6. No sangue fomos perdoados pelos nossos pecados outrora cometidos, e na morte juntamente com Cristo, morremos para o pecado: "Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?" Romanos 6.2. Mas ainda encontramos na Palavra da cruz, um terceiro aspecto desta justificação de Deus em Cristo Jesus: a Sua ressurreição. Na ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos Deus completa esta tríplice justificação nos ressuscitando juntamente com Cristo: "e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez assentar nas regiões celestes em Cristo Jesus" Efésios 2.6. Jesus foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou para a nossa justificação (Romanos 4.25). Justificados, pois pela fé, temos paz com Deus (Romanos 5.1). Por que muitos não têm paz com Deus? Porque crêem somente no poder do sangue de perdoar os pecados, mas não conhecem que também foram crucificados juntamente com Cristo, e estão mortos; como também ressuscitaram juntamente com Cristo e podem viver em novidade de vida. Fomos justificados no seu sangue pela fé para remissão de nossos pecados (Romanos 3.25). Estamos mortos para o pecado pelo corpo de Cristo (Romanos 7.4), e ressuscitamos juntamente com Ele para reinarmos em vida por um só: Jesus Cristo (Romanos 5.17). Ninguém poderá ser justificado pela fé, e ter paz com Deus, sem crer nesta tríplice justificação. Crer que Jesus morreu por nós, é somente uma parte deste ato de justiça. Para Deus, não existe fé parcial. Se não sabemos sobre a totalidade da sua obra, erramos por não conhecer a s Escrituras nem o poder de Deus (Mateus 22.29). Um cego só pode cair num buraco. Por não saber, o povo de Deus está sendo destruído (Oséias 4.6). Ninguém poderá ser justificado por Deus se crer apenas no sangue, porque este ato de justiça, pela qual vem à justificação, veio pelo sangue, pela morte e pela ressurreição de Jesus Cristo. Ninguém poderá ter vida sem esta justificação, porque é a justificação que dá a vida, e ninguém pode crer em algo que nunca ouviu falar. A Palavra da cruz é a verdade que Deus traz pela Sua Palavra, para a justificação de alguém, portanto, quando o Espírito de Deus nos faz conhecer a Deus, ele faz com que conheçamos todo o Seu Conselho, e o que por Deus nos foi dado gratuitamente (I Coríntios 2.12). Para as pessoas que pensam ser esta uma nova doutrina, vamos em seguida ver testemunhos em todos os tempos, mostrando que a Palavra da cruz sempre foi o instrumento do Espírito Santo para a salvação do homem. O primeiro testemunho que Deus dá em Sua Palavra, é o de Adão e sua mulher depois do pecado. Na genealogia em Lucas 3.38, está escrito: "Cainã, filho de Enos, Enos, filho de Sete, Sete, filho de Adão e Adão, filho de Deus". Nós podemos ver o testemunho de Deus em Sua Palavra da salvação de Adão, quando Deus substituiu as folhas de figueira feita pelas mãos do homem, pelas túnicas de peles: "E o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu" Gênesis 3.21. As folhas de figueira são a justiça própria do homem, mas Deus os vestiu com a justiça do Cordeiro. Para se ter às peles teve que haver morte, e na morte o derramamento de sangue. Adão e sua mulher com as novas vestes, é a vida da ressurreição: "Ora Josué, vestido de trajes sujos, estava em pé diante do anjo. Então falando este, ordenou aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe esses trajes sujos. E a Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de trajes festivos" Zacarias 3.3-4. O outro testemunho é o de Abel. Quando Abel ofereceu um cordeiro a Deus, ele com aquele sacrifício, estava mostrando sua fé no sacrifício de Jesus. O cordeiro oferecido era pela fé no Cordeiro de Deus e este Cordeiro já tinha sido sacrificado antes da fundação do mundo (Apocalipse 13.8). Abel ofereceu pela fé melhor sacrifício que Caim (Hebreus 11.4) porque era justo. A palavra "pela fé", nos mostra que ele buscou no sacrifício do cordeiro ser justificado pela fé. Ele ofereceu um cordeiro pela fé, porque sabia que o Cordeiro de Deus tiraria o pecado do mundo (João 1.29). Talvez isto pareça loucura, mas a Palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas o Cordeiro de Deus que é Jesus, é eterno: "sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo, o qual, na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifesto no fim dos tempos por amor de vós" I Pedro 1.18-20. O outro testemunho que o Espírito nos dá pelas Escrituras, da operação da Palavra da cruz na salvação do homem, é o de Abraão. No sacrifício de Isaque, Deus mostrou por figura a Abraão com seria o sacrifício do seu filho a quem foram dadas às promessas: "Ora, a Abraão e a seu descendente foram feitas as promessas; não diz: E a seus descendentes, como falando de muitos, mas como de um só: E a teu descendente, que é Cristo" Gálatas 3.16. Até o sacrifício de Isaque, Abraão entendia que era em Isaque que Deus tinha feito as promessas, nada sabendo de Jesus. O anjo segurou a mão de Abraão, mas o sacrifício deveria ser feito, e para isso, Deus tinha provido para si um cordeiro que estava com os chifres embaraçado no mato (Gênesis 22.9-14). O cordeiro que Deus proveu para si é Jesus Cristo, o descendente de Abraão, e Jesus dá testemunho disso quando disse: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; viu-o, e alegrou-se" João 8.56. O sangue foi derramado, Abraão morreu quando seu descendente morreu, mas Deus era poderoso para o ressuscitar dentre os mortos e em figura Abraão foi recobrado, ele ressuscitou juntamente com Jesus (Hebreus 11.17-19). Aleluia! Abraão morreu quando seu descendente morreu, mas ressurgiu quando seu descendente também ressurgiu dentre os mortos. Caso Jesus não tivesse ressuscitado, Abraão e a sua descendência também teriam terminado. É grandioso ver que Deus usa a mesma Palavra, as mesmas boas novas desde o princípio, mas a palavra da pregação nada tem aproveitado, senão naqueles que a misturam com a fé (Hebreus 4.2). É fato que o mistério da salvação aos que viveram antes de Jesus era em figura, como uma sombra (Hebreus 10.1), mas era a mesma Palavra da cruz. Hoje a nossa responsabilidade é maior, porque ela está totalmente revelada, e ela agora exige a obediência da fé: "Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos, mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé" Romanos 16.25-26. A Palavra da cruz revela a Pessoa de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que foi sacrificado para que pudéssemos ser salvos. Recebemos a remissão dos pecados e a herança entre aqueles que são santificados pela fé nele. Atraídos por Jesus no seu corpo, fomos incluídos na Sua morte, isto é, plantados juntamente com Ele na semelhança da Sua morte (Romanos 6.5). Paga a dívida do nosso pecado, pudemos por Deus ser ressuscitados juntamente com Ele, onde fomos pela graça salvos (Efésios 2.5). Este amor de Cristo nos constrange agora a julgar assim: "que se um morreu por todos, logo todos morreram" (II Coríntios 5.14). Se morremos com Cristo, cremos que com Ele viveremos (Romanos 6.8). Esta é uma palavra fiel (II Timóteo 2.11). O testemunho de José foi o mesmo quando pela fé, estando próximo o seu fim, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca dos seus ossos (Hebreus 11.22), quando disse: "Eu morro; mas Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra para a terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó. E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará, e fareis transportar daqui os meus ossos" Gênesis 50.24-25. Ele viu a sua morte, mas também viu o seu libertador. Ele pediu para levar os seus ossos, porque creu que havia de ressuscitar. Moisés também alcançou bom testemunho pela fé na Palavra da cruz. Ele viu que o vitupério de Cristo lhe traria muito mais riquezas do que as riquezas do Egito. Deus dá testemunho disso quando diz: "Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado, tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível. Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse" Hebreus 11.24-28. Novamente o cordeiro foi morto na páscoa, e o sangue aspergido para perdão dos pecados. O Egito era a figura da geração perversa, mas o cordeiro pascal, o cordeiro da passagem para uma nova vida, iria levá-los à uma nova geração. A figura do batismo na morte de Cristo, estava representado por Moisés, quando Deus nos diz: "Pois não quero, irmãos, que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar; e, na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés, e todos comeram do mesmo alimento espiritual; e beberam todos da mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os acompanhava; e a pedra era Cristo" I Coríntios 10.1-4. Toda esta atitude de Moisés, foi porque ele viu o opróbrio, o vitupério, a vergonha, o ultraje do sacrifício de Cristo, vendo pela fé neste sacrifício, a sua recompensa eterna. São muitos os testemunho que poderíamos ver na Palavra de Deus, e todos eles têm a mesma obra e a mesma fé, porque aprouve a Deus "convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus, como as que estão na terra" Efésios 1.10. Todos os que foram salvos, desde Adão até os dias de hoje, e todos os que serão ainda salvos, o serão pela fé em Jesus Cristo, pelo seu sangue, sua morte e ressurreição. Esta salvação que há em Cristo Jesus, tem glória eterna: "Por isso, tudo suporto por amor dos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que há em Cristo Jesus com glória eterna. ...que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos, e que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho" II Timóteo 2.10, 1.9-10. Esta salvação em Cristo Jesus é com glória eterna, e nos foi dada antes da fundação do mundo. Todos os irmãos que creram no passado, mesmo em figura, fizeram pela fé um derramamento de sangue, creram na sua morte quando se identificam com o animal morto, e também criam na sua ressurreição pela promessa da vida eterna. Davi e muitos outros dão testemunho disso quando disseram: "Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção" Salmos 16.10. Em Hebreus 11.13-14, Deus dá testemunho que todos esses morreram na fé, sem terem alcançado as promessas, mas tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Ora, os que tais coisas dizem, mostram que estão buscando uma nova pátria. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, pelo que já lhes preparou uma cidade. Isaías também profetizou acerca da Palavra da cruz. Ele inicia falando do nascimento de Jesus quando disse: "Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel" Isaías 7.14. Isaías também profetizou que este menino seria o nosso Salvador quando disse: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz" Isaías 9.6. Isaías também falou acerca de Jesus como o Cordeiro de Deus que seria levado para o matadouro quando disse: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca. Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado; e quem dentre os da sua geração considerou que ele fora cortado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do meu povo? E deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca. Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniqüidades deles levará sobre si. Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu" Isaías 53.4-12. Neste texto das Escrituras, o Espírito Santo profetizou através de Isaías a morte de Jesus e a nossa morte juntamente com Ele. Quando disse: "Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos repartirá ele o despojo", ele estava dizendo sobre a ressurreição dos mortos, porque Ele nos dará a vida por despojo (Jeremias 38.5). Acerca da nossa ressurreição juntamente com Cristo ele ainda disse: "Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei um pacto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências prometidas a Davi" Isaías 55.3. E ainda: "Os teus mortos viverão, os seus corpos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó; porque o teu orvalho é orvalho de luz, e sobre a terra das sombras fá-lo-ás cair" Isaías 26.19. De Adão até Jesus, Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras pelos profetas (Hebreus 1.1-2). Todos os que morreram na fé, viram de longe a Jesus, e receberam a justificação de Deus, e o novo nascimento, pela fé, crendo no Cordeiro de Deus que havia de vir. Sempre foi anunciado que Jesus viria, e que Ele traria em si mesmo a salvação: "O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos" Gênesis 49.10. "Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e no-la atará. Depois de dois dias nos ressuscitará: ao terceiro dia nos levantará, e viveremos diante dele. Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra" Oséias 6.1-4. Antes do nascimento de Jesus, Zacarias, pai de João Batista, profetizou da vinda de Jesus e de Sua salvação poderosa que era atestada por todos os profetas quando disse: "Bendito, seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo, e para nós fez surgir uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo; assim como desde os tempos antigos tem anunciado pela boca dos seus santos profetas" Lucas 1.68-70. Simeão e Ana, pessoas justas que esperavam também o Salvador, porque tinham sido avisados pelo Espírito Santo, viram o Salvador e disseram: "Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; pois os meus olhos já viram a tua salvação. Chegando ela (Ana) na mesma hora, deu graças a Deus, e falou a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém" Lucas 2.29-30, 38. Jesus era o Salvador de que falou Deus desde o Jardim do Éden, e Ele foi enviado por Deus com a missão de morrer e ressuscitar, para que na Sua morte e ressurreição, pudéssemos ser salvos da ira vindoura. Isso foi o que Jesus pregou desde o início de seu ministério. Ele disse: "Há um batismo em que hei de ser batizado; e como me angustio até que venha a cumprir-se!" Lucas 12.50. Este batismo a que Jesus se refere, não é o batismo nas águas, porque neste batismo, Ele já tinha sido batizado no Rio Jordão, mas aqui Ele fala do seu batismo juntamente conosco na Sua morte e ressurreição. Ele disse: "Tomando Jesus consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém e se cumprirá no filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito; pois será entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido; e depois de o açoitarem, o matarão; e ao terceiro dia ressurgirá" Lucas 18.31-33. Jesus sempre se apresentou como sendo aquele que nos levaria ao Pai, pois Ele disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" João 14.6, como também daquele quem as Escrituras falavam: "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim" João 5.39. Jesus por onde andou, falou da Sua morte e ressurreição, e também da nossa identificação juntamente com Ele na Sua morte e ressurreição. Um testemunho disso, foi sua pregação a Nicodemus, um príncipe de Israel. Ele mostrou essa identificação quando disse: "E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna" João 3.14-15. Jesus quando comparou a Sua salvação com a serpente levantada por Moisés no deserto, estava dizendo a Nicodemus que todo aquele que olhasse para Jesus, seria salvo: "Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, e não há outro" Isaías 45.22. Todo aquele que olhar para Jesus, e crer que na sua crucificação o nosso homem velho foi com Ele crucificado, que na Sua morte morremos juntamente com Ele, e pela morte fomos justificados do pecado. Na Sua ressurreição, fomos ressuscitados juntamente com Ele; também viverá eternamente e não perecerá (João 3.14-16; Romanos 6.6-7; Efésios 2.5). Como no deserto, depois de ter sido picado pelas serpentes abrasadoras, aquele que olhava para a serpente de bronze vivia, em Jesus aquele que olhar para Ele, crendo que está em Cristo, também viverá eternamente. Em todo o tempo de sua peregrinação, Jesus deu testemunho da Palavra da cruz, dizendo que se Ele não morresse, ficaria só, como o único filho de Deus, mas se morresse, muitos seriam gerados nele para a vida eterna (João 11.24). A maneira que Ele morreu, foi nos atraindo no seu corpo naquela cruz: "Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele fossemos feitos justiça de Deus" II Coríntios 5.21. Jesus quando em seu discurso falou acerca de comer da sua carne e beber do seu sangue, muitos não entendendo o que dizia, se escandalizaram, mas Ele estava falando de participarmos juntamente com Ele da Sua morte e ressurreição. Comer da sua carne e beber do seu sangue, é nos identificarmos pela fé na Sua morte e ressurreição: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne" João 6.51. A Palavra da cruz, é a Palavra bendita de Deus que nos incluiu na morte, ressurreição e exaltação de Jesus Cristo: "Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis. Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós" João 14.19-20. Jesus fala dessa nossa identificação na Sua morte e ressurreição quando disse aos seus discípulos: "O cálice que eu bebo, haveis de bebê-lo, e no batismo em que eu sou batizado, haveis de ser batizados" Marcos 10.39. Como vimos, Moisés, os profetas e os salmos, falaram de Jesus. O próprio Jesus deu testemunho disso, e da obra que Ele iria realizar porque Ele sabia quem era, de onde tinha vindo, e o que veio fazer: "Ainda que eu dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro; porque sei donde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou" João 8.14. Depois que Jesus foi glorificado, Ele derramou o Espírito por Ele prometido sobre a Igreja, e trouxe através do apóstolo Paulo toda a revelação do mistério da salvação realizada por Ele na Sua morte, ressurreição e exaltação. Esse mistério estava, como já vimos, escondido desde os tempos eternos, mas agora tinha sido revelado pelo próprio Jesus (Gálatas 1.11-12). Esse mistério, era a participação dos gentios nesta obra, e a nossa identificação com Cristo. No novo nascimento, somos participantes da Sua natureza divina: "O mistério que esteve oculto dos séculos, e das gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória" Colossenses 1.26-27. "Pelas quais ele nos tem dado as suas preciosas e grandíssimas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo" II Pedro 1.4. O apóstolo Paulo foi quem recebeu de Jesus Cristo este mistério da salvação de Deus, a ponto dele próprio chamar estas grandes novas de: "meu evangelho" (Romanos 16.25; 2.16; II Coríntios 4.3; I Tessalonicenses 1.5; II Tessalonicenses 2.14). Até mesmo os apóstolos dão testemunho disso quando disseram: "E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; como faz também em todas as suas epístolas, nelas falando acerca destas coisas, mas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria perdição" II Pedro 3.15-16. O evangelho, a boa notícia que o apóstolo Paulo trazia, era Jesus Cristo. Jesus Cristo é o testemunho de Deus, é a sabedoria de Deus e a justiça de Deus: "E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado" I Coríntios 2.1-2. Os judeus, os religiosos pedem sinais, maravilhas para que possam crer. Os gregos, os que buscam sábios pedem sabedoria, mas Cristo crucificado é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus (I Coríntios 1.30). Hoje em dia, como cumprimento das Escrituras para os finais dos tempos, o verdadeiro e eficiente evangelho tem sido substituído pelas novidades, fábulas e tudo o que seja sensório. Como conseqüência disso, as igrejas estão abarrotadas de homens, mulheres e jovens com nome de que vivem, mas estão mortos (Apocalipse 3.1). Esta é uma evidência de apostasia dos finais dos tempos, que já estamos vivendo. Apesar disso, a Palavra da cruz continua salvando com a mesma eficácia de sempre. Muitas são as doutrinas ensinadas, e muitas são falsas e diversas, mas sabemos em quem temos crido, e estamos bem certos de que Ele é poderoso para guardar o nosso depósito até o Dia de Cristo. Devemos conservar o modelo das sãs palavras que da parte de Deus temos ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus (II Timóteo 1.12-13). Somente nesta Pessoa de Jesus, de quem toda a Palavra de Deus dá testemunho, está o poder de Deus para a salvação. Todo o restante é palha, e não se pode chamar de evangelho, mas de anátema: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema" Gálatas 1.8. Mas o apóstolo Paulo temia esta apostasia quando dizia: "Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo" II Coríntios 11.3. "Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" Colossenses 2.8. Só a Palavra da cruz pode trazer a completa revelação da obra que Deus realizou em Cristo Jesus para nos livrar do cativeiro do pecado, e nos levar para uma vida santa diante dEle. A lei era fraca por causa da carne (Romanos 8.3), mas o sacrifício de Jesus Cristo foi poderoso não apenas para perdoar os nossos pecados, mas também para nos livrar do cativeiro da corrupção do pecado e agora podemos viver para a justiça: "levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" I Pedro 2.24. Sem esta libertação na morte de Jesus Cristo, o nosso testemunho sempre será este: "Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" Romanos 7.19.24. Mas mortos para o pecado, e vivos para Deus em Cristo Jesus, podemos com alta voz proclamar: "Mas graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim" Romanos 7.25; 8.2; Gálatas 2.20. Na revelação ao apóstolo Paulo, do evangelho de Deus, ele pela fé, testemunhou de sua identificação juntamente com Cristo, mas em Romanos 7.4, ele nos diz que nós também fomos incluídos na morte de Cristo, e também podemos crer e gozar desta libertação: "Assim também vós, meus irmãos, fostes mortos quanto à lei mediante o corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, àquele que ressurgiu dentre os mortos a fim de que demos fruto para Deus". Toda esta revelação do mistério da salvação não foi de Paulo, mas de Jesus Cristo, e o próprio Jesus testifica disso quando diz: " Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro" Apocalipse 22.18-19. Quando duvidamos do que está escrito na Palavra de Deus, estamos tirando alguma coisa da Palavra, e isto custará a vida a todos aqueles que o fizerem. Toda Escritura é divinamente inspirada e útil (II Timóteo 3.16). Todo aquele que não crer em Jesus Cristo já está condenado, portanto, não é do apóstolo Paulo que as Escrituras testificam, mas de Jesus. O apóstolo Paulo não falava de si mesmo, ele foi apenas um instrumento; era Jesus que falava nele: "Porque nós não somos falsificadores da palavra de Deus, como tantos outros; mas é com sinceridade, é da parte de Deus e na presença do próprio Deus que, em Cristo, falamos" II Coríntios 2.17. A boa notícia que Deus nos fala em Sua Palavra é a Pessoa de Seu Filho Jesus. Que Ele foi levantado da terra, e nos atraiu em seu corpo: "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim" (João 12.32), e que na Sua crucificação, "o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, afim de não servirmos mais ao pecado como escravos (Romanos 6.6). Que "Deus sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus" (Efésios 2.4-6). Agora estamos mortos, e a nossa vida está escondida com Cristo em Deus (Colossenses 3.3). Muitos preferem alimentar a derrota do pecado, e erradamente identificam-se ao apóstolo Paulo dizendo: - O bem que quero fazer não faço, mas o mal que não quero esse faço. Paulo também vivia assim! Ainda dizem que só poderão viver uma vida vitoriosa depois da morte física, sendo que não atentam para a vitória que o próprio apóstolo Paulo diz em todas as suas cartas. O apóstolo Paulo se referia a sua derrota, quando vivia na carne, as paixões dos pecados suscitadas pela lei (Romanos 7.5), e não na sua nova vida em Cristo. "Os que são de Cristo", proclama o apóstolo Paulo, "crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" Gálatas 5.24. Quem não morreu e ressuscitou com Cristo, não pode experimentar a vitória sobre a lei do pecado e da morte, mas os que estão em Cristo, mortos para o pecado e vivos para Deus, tem o seu fruto para a santificação e por fim a vida eterna. A lei do Espírito de vida em Cristo Jesus, é que nos livra da lei do pecado e da morte: " e libertos do pecado, fostes feitos servos da justiça" Romanos 6.18. Esta vida é para AGORA, porque Deus nos diz em Sua Palavra que o nosso homem velho FOI (o verbo está no passado, se FOI, já aconteceu, está consumado) com Ele (Jesus) crucificado. Se alguém crê que o sacrifício de Jesus Cristo tira apenas a culpa dos pecados, nunca conheceu o poder da salvação de Deus revelada pela Palavra da cruz. O salário do pecado é a morte (Romanos 6.23), e quem comete o pecado é do Diabo (I João 3.8), mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor. Aquele que é nascido de Deus, não peca, porque a divina semente permanece nele, e não pode pecar porque é nascido de Deus (I João 3.9). Crês isto? Caso você não tenha nunca ouvido falar disso, é tempo para que você considere: "antes seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado" Romanos 3.4. Para podermos ser justificado em nossas palavras e vencer quando comparecermos ante a face de Deus, devemos crer em "tudo o que os profetas disseram", e "por isso convém atentarmos mais diligentemente para as coisas que ouvimos, para que em tempo algum nos desviemos delas. Pois se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu justa retribuição, como escaparemos nós, se descuidarmos de tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram" Lucas 24.25; Hebreus 2.1-3. Se alguém não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. Se alguém não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus (João 3.3, 5). Nascer de novo não é batismo nas águas, mas é morrer e ressuscitar juntamente com Cristo. Ninguém pode nascer, sem primeiro morrer (I Coríntios 15.36). Se você não puder confessar: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos (fez nascer de novo) regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos", você não conhece a Deus e nem a Seu Filho Jesus. Se você ainda está no seu pecado, nunca viu nem conheceu Jesus: "Todo o que permanece nele não vive pecando; todo o que vive pecando não o viu nem o conhece" I João 3.6. O Livro de Romanos, é considerado por muitos como o quinto evangelho, porque ele trata de maneira muito clara toda a obra redentora de Jesus Cristo. No Livro de Romanos Deus nos revela de maneira clara, toda esta obra de redenção feita pela Palavra da Cruz. Vamos caminhar com a direção do Espírito Santo, e ouvir o que Deus nos fala por ele. Seria necessário para um melhor acompanhamento, que você fosse lendo em sua Bíblia cada capítulo aqui citado, principalmente com oração, e com o coração aberto para a revelação de Deus. Como vimos anteriormente, o apóstolo Paulo foi aquele que recebeu de Jesus a revelação do mistério da salvação. Em Romanos 1.1, o apóstolo fala desta sua separação para o evangelho. Há muitas definições sobre o que significa evangelho. Para alguns é definido como uma boa notícia, para outros é a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ambos são verdades, mas o evangelho não é a obra realizada por Deus em Jesus Cristo, mas sim a própria Pessoa de Jesus Cristo. A boa notícia é definida em Romanos, nos versos 2 a 6 do mesmo capítulo 1, como sendo Jesus Cristo, que foi declarado Filho de Deus pela ressurreição dentre os mortos, pelo qual recebemos a graça, o perdão, a remissão dos nossos delitos, a redenção, a reconciliação, a justificação, a vida eterna, o chamamento e a glorificação com a vida de Cristo em nós. Tudo com a finalidade de sermos de Jesus Cristo. O assunto da carta de Romanos é descrita nos versos 16 e 17 do mesmo capítulo que diz: "o evangelho é a justiça que vem pela fé em Jesus Cristo". Este evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, pois em Jesus Cristo, que é o evangelho, é revelada, de fé em fé a justiça de Deus, que foi prometida pelos profetas nas Santas Escrituras, como está escrito: "O meu justo viverá da fé". Todos nós descendemos de Adão, mas a humanidade se dividiu em dois grupos: os judeus e os gentios, e relacionando com os nossos dias: os incrédulos e mundanos, e os religiosos. Nos versos 18 a 32 deste mesmo capítulo 1 de Romanos, Deus nos fala dos incrédulos ou gentios. Deus nos diz que por desconhecerem a Palavra de Deus, e as suas leis, são inescusáveis ou indesculpáveis, porque os atributos invisíveis de Deus, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos, mediante as coisas criadas. Tendo conhecido a Deus por essas coisas criadas, não o glorificaram como Deus, e dizendo-se sábios, mostram pela ignorância e idolatria que são estultos e tolos, e tem mudado a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível (imagens de madeira, pedra, etc...), e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso, o que se vê entre estes são injustiças, maldades, malícia, cobiça, inveja, homicídio, contendas, dolo e malignidade; fazendo, e aprovando os que também fazem. Deus declara que são dignos de morte os que tais coisas praticam. O segundo grupo, que podemos chamar de religiosos, estão definidos por Deus no capítulo 2 do mesmo livro de Romanos, como aqueles que se julgam conhecedores de Deus, e de Sua Palavra, que diz que conhece a Sua vontade e aprova as coisas excelentes, sendo instruídos na lei; confiam que são guias dos cegos que estão no mundo, luz para os que estão em trevas. Esses, Deus mostra que qualquer que julga a outro, pensando estar numa melhor condição, só porque se diz ser um crente, e participa de uma igreja evangélica, mas pratica as mesmas coisas, também são indesculpáveis. Eles ensinam a outros e não ensinam a si mesmos. Dizem que não se deve furtar e furtam. Pregam que não se deve adulterar e adulteram. Gloriam-se que conhecem a Deus, mas desonram a Deus pela transgressão da Palavra de Deus que pregam. Assim, pois, por causa desses chamados crentes, a Palavra de Deus é blasfemada entre os que não conhecem a Deus. Jesus disse que esses não entram, nem aos que entrariam permitem entrar (Mateus 23.13). Todo aquele que assim procede, estão entesourando ira para o dia da ira e do justo juízo de Deus, e Ele retribuirá a cada um segundo as suas obras. O juízo de Deus é segunda a verdade, contra os que tais coisas praticam. Os que pecaram e não conheciam a Palavra, sem o conhecimento da Palavra irão perecer; e todos os que dizem ter conhecimento da Palavra de Deus e pecaram, pela Palavra serão julgados. Crente não é aquele que freqüenta uma igreja evangélica, mas é aquele que o é interiormente, com um coração transformado por Deus, realizado pelo Espírito, e não somente na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus. No capítulo 3, do verso 1 ao 20, Deus compara os dois grupos de pessoas, e os engloba em um só. Ele mostra que tantos os crentes que são só de nome, como os mundanos e idólatras, todos estão debaixo do pecado. O diagnóstico de Deus para todos os homens é que: "Não há justo, nem sequer um. Não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. Não há temor de Deus diante dos seus olhos". Mas você poderá dizer: - E todos esses crentes que estão dentro das igrejas, não estão buscando a Deus? Se ele não for nascido de novo, alguém que morreu e ressuscitou com Cristo, não está buscando a Deus. Todos esses podem estar buscando as bênçãos de Deus, seus milagres, suas curas, prosperidade e etc..., mas Deus olhou e viu que ninguém estava buscando a Ele. Olhando hoje para a multidão daqueles que se dizem crentes, e da quantidade de igrejas denominacionais que encontramos, se esses são infiéis, por acaso a infidelidade deles anulará a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma. Deus permanece fiel. Antes seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso. Ora, nós sabemos que tudo o que Deus diz em Sua Palavra, é para os que estão debaixo da Palavra de Deus que Ele diz, para que se cale toda boca e todo mundo fique sujeito ao juízo de Deus. Ninguém será justificado diante dEle, por cumprir as obras da lei, pois a finalidade da lei é o pleno conhecimento do pecado. A justiça de Deus, como vimos, vem pela fé em Jesus Cristo. Somente a justiça de Deus, que vem pela fé em Jesus Cristo, pode tornar-nos justificados diante dEle. A lei era um aio, um disciplinador, até que viesse a promessa que era Jesus Cristo. A Escritura profética é um candeia que alumia em lugar escuro, mas só a letra não basta, é necessário que Jesus, a estrela da alva, surja em nossos corações (II Pedro 1.19). O fim da lei é Cristo, e as Escrituras testificam dEle, mas a justiça de Deus é pela fé, e necessitamos ir a Ele para termos vida (João 5.40). Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei e pelos profetas, isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; porque não há para Deus diferença entre os pecadores, seja ele do mundo, ou de dentro das igrejas. Porque todos pecaram, todos carecem da glória de Deus. Todos necessitam dessa justificação, de ser feito justo por Deus. Esta justificação se deu gratuitamente pela Sua graça, mediante a redenção, isto é, o resgate do cativeiro da corrupção do pecado e do império da morte, realizado em Jesus Cristo, na Sua morte e ressurreição. Estando no pecado e separados, era necessário esta redenção e a nossa reconciliação com Deus, tornando-nos isentos de qualquer pagamento ou dívida. Esta redenção foi necessária, porque com a queda nos nossos pais Adão e Eva, fomos com eles lançados fora do Jardim do Éden, sem acesso à árvore da vida (Gênesis 3.23-24). O pecado fez separação entre nós e Deus (Isaías 59.2), e nos colocou debaixo do domínio do diabo: "Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio" I João 3.8, e para nos libertar, Jesus participou da mesma carne e sangue que nós, para que pela morte Ele destruísse aquele que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse, redimisse todos aqueles que com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos a escravidão (Hebreus 2.14-15). Este resgate realizado por Jesus, começou com o Seu sangue, pois, nós que noutro tempo estávamos longe e separados, já pelo sangue de Jesus chegamos perto (Efésios 2.13). O sangue de Jesus tem na justificação, a função de tornar o culpado em inocente, inculpável, e justo, isto é, totalmente perdoado dos pecados cometidos antes do conhecimento da verdade e o que trouxemos de Adão. Deus propôs como propiciação, isto é, pelo sangue, Deus desviou e apaziguou a Sua Ira que estava sobre nós. Ele mesmo na Pessoa de Jesus Cristo, estava propiciando, tornando favorável, o perdão dos nossos pecados: "pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões" II Coríntios 5.19. Após terem pregado Jesus na cruz, levantaram-no da terra, e neste momento Ele nos atraiu em seu próprio corpo (João 12.32). Para que houvesse a nossa reconciliação com Deus, foi preciso o sangue ser derramado, para que aplacasse a Ira de Deus. Isto foi o que aconteceu, e pelo sangue, nós que estávamos longe, chegamos perto, e este mesmo sangue tornou propício a reconciliação e o perdão dos pecados. Pelo seu sangue também fomos remidos, porque estávamos sobre o império da trevas: "em quem temos a redenção pelo seu sangue, a redenção dos nossos delitos, segundo as riquezas da sua graça" Efésios 1.7. Pelo seu sangue também fomos comprados para Deus, porque como vimos, éramos do diabo: "porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação" Apocalipse 5.9. Pelo seu sangue também foi feito a paz e a reconciliação com Deus, porque no pecado nos tornamos inimigos de Deus: "e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus" Colossenses 1.20. Pelo sangue fomos também purificados dos nossos pecados: "e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado" I João 1.7. Por fim, o sangue de Jesus nos libertou dos nossos pecados: "Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados" Apocalipse 1.5. Muitos usam o sangue como poder para expulsar demônios, ou curar enfermidades, mas é o Seu Nome e não o sangue que tem poder para isto. O sangue tem como função principal na justificação, a purificação dos nossos pecados: "E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão" Hebreus 9.22. No capítulo 3 de Romanos, verso 25, Deus nos diz que pelo ato de justiça realizado em Jesus, Ele demonstrou a Sua justiça, deixando de lado, passando por cima sem dar conta dos delitos que cometemos anteriormente sob a Sua paciência. No sangue de Jesus, recebemos o cumprimento da Sua promessa, de que não se lembraria mais dos nossos pecados (Isaías 43.25). Deus apagou as nossas transgressões por amor dEle, e é pela fé no sangue de Jesus que recebemos esta benção gloriosa. Isto não vai acontecer, ela já aconteceu. O sangue já foi derramado, "tudo está consumado" (João 19.30), e ele fala mais alto do que o de Abel (Hebreus 12.24). O ato de justiça de Deus em Jesus Cristo já foi realizado, mas isto não quer dizer que todos os homens podem continuar vivendo no pecado, e estarão automaticamente salvos. Agora, neste tempo presente, todos precisam receber de Deus a remissão de pecados e a reconciliação com Ele, porque só Ele é justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Hoje nos é apresentada por Deus a dispensação da graça, isto é, Deus dispensa o homem da culpa em Adão, mas o condena se ele não for justificado pela fé em Jesus Cristo, no Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e conseqüentemente da nossa vida (João 1.29): " Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados" I Coríntios 15.22. Hoje a condenação é esta: "Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está condenado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más" João 3.18-19. O capítulo 4 de Romanos, é uma testificação da justificação pela fé, através do testemunho de Abraão e de Davi. O povo judeu, considera Abraão seu pai, e Deus nos mostra em Sua Palavra, que Abraão foi justificado diante dEle não pelas obras da lei, mas pela fé. A humanidade hoje, e isto inclui os religiosos, não pensa diferente do povo judeu daquela época. A grande maioria das pessoas, crêem que a sua salvação se dá pelas obras que elas praticam. Se ela é uma pessoa boa, procura fazer o bem e não matar, não roubar e etc..., estará salva, mesmo que seja um pecador: "Propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano. O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho. Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, o pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado" Lucas 18.9-14. Deus nos ensina que a graça é um dom imerecido, e no verso 2 do capítulo 4 de Romanos, se alguém for justificado por causa de suas obras, ela sempre terá do que se gloriar mas não diante de Deus. Qualquer pessoa salva por suas obras, ficaria pela eternidade se gabando da sua salvação, e isto anularia a obra da graça de Deus em Jesus Cristo: "Não faço nula a graça de Deus; porque, se a justiça vem mediante a lei, logo Cristo morreu em vão" Gálatas 2.21. Toda a glória nesse caso seria humana e não de Deus. Por isso é que Deus nos diz nos versos 4 e 5, que se alguém fizer qualquer coisa, ou trabalhar para a sua salvação, a recompensa dela seria dada como dívida e não como dádiva. A atitude de todo aquele que pensa alcançar a sua salvação pelas obras, seria a de cobrar de Deus a salvação como pagamento pelo esforço realizado. Caso fosse assim, Deus seria colocado como devedor, e não como o Autor da Graça. Ninguém será recompensado por temer a Deus, ser reto e desviar do mal, porque esse é o dever de todo homem: " Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem" Eclesiastes 12.13.O homem é devedor dessas coisas e não Deus. Ninguém será justificado por fazer as coisas certas, por participar de uma igreja evangélica, por construir igrejas, por se abster do pecado, e nem por ter feito jejuns e etc..., mas por fé em Jesus Cristo. Ninguém será justificado pelas obras, pois a salvação não será dada por dívida, mas sim por dádiva de Deus. Qualquer um para ser justificado diante dEle, precisa primeiro reconhecer-se um ímpio, um pecador perdido, e que somente Deus pode justificá-lo e salvá-lo da ira vindoura, inteiramente por Sua Graça e Misericórdia na Pessoa de Jesus Cristo, e nada mais. Somente a fé no sacrifício de Jesus será contada por Deus como justiça. Deus sobre isso diz: "É pela graça que sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não das obras, para que ninguém se glorie" Efésios 2.8-9. "Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que opera a favor daquele que por ele espera" Isaías 64.4. "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador. Eu anunciei, e eu salvei, e eu os fiz ouvir" Isaías 43.11-12. Deus nos ensina que qualquer coisa fora da Sua Pessoa, e de Seu Filho Jesus, não poderá salvar. Fora dEle não há salvação. Fora dEle, podemos considerar como lixo, como esterco (Filipenses 3.7-12). Deus é um salvador tão perfeito e gracioso, que Ele não aceita de nós nem uma pequena obra que seja. Ele já fez por nós todas as nossas obras: "Senhor, tu hás de estabelecer para nós a paz; pois tu fizeste para nós todas as nossas obras" Isaías 26.12. Davi também declara que ser bem-aventurado, isto é, ser muito feliz, é aquele a quem Deus atribui a justiça sem qualquer obra, pois está escrito: "Bem-aventurado aqueles cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado". As obras não podem salvar, nem tornar alguém mais apresentável diante de Deus. Em primeiro lugar, porque elas anulariam toda a obra de Jesus no calvário, e também eliminaria o fundamento de Deus, o qual é Jesus Cristo (I Coríntios 3.11). Todo edifício precisa de um fundamento, um alicerce, para que depois a obra seja feita sobre ele. Na salvação de Deus não é diferente. Toda obra edificada fora do fundamento de Deus, que é Jesus Cristo, irá ruir no dia do Senhor: "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda" Mateus 7.24-27. Deus não considera nenhuma obra edificada fora de Jesus. Toda obra que não é edificada sobre Ele, é uma obra vã, é uma obra morta. Nesta salvação, existe uma promessa dada por Deus, e se são as obras que tornam alguém herdeiros desta promessa, logo a fé é vã e a promessa é anulada. Mas se é pela graça, já não é pelas obras, do contrário a graça já não é graça (Romanos 11.6). A Palavra da cruz mostra toda a graça de Deus dada em Jesus Cristo, pois Jesus se tornou maldição por nós. Não há outro meio para a salvação, pois não é aprovado diante de Deus, aquele que a si mesmo se louva pelas suas obras, mas aquele a quem o Senhor louva. Não será aprovado aquele que se apresentar diante dEle com as suas obras, com seus méritos, mas unicamente pela graça, pelos méritos de Jesus. Graças a Deus, porque caso a nossa exaltação fosse feita por nossos próprios méritos, não passariam de trapos de imundícia (Isaías 64.6). Mas como a nossa exaltação é feita pelos méritos de Jesus, estamos assentados no lugar mais alto, nos lugares celestiais em Cristo: "e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus" Efésios 2.6. "Dar-lhes-ei na minha casa e dentro dos meus muros um memorial e um nome melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará" Isaías 56.5. "Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai" Apocalipse 1.5-6. As obras não podem salvar o homem, mas Jesus sim, e a graça e a verdade vieram por Ele (João 1.17). Fora de Jesus Cristo, ninguém poderá receber a graça e a verdade de Deus. O capítulo 5 do livro de Romanos, inicia falando sobre isto quando diz: "Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus" Romanos 5.1-2. Jesus é chamado em Isaías 9, no verso 6, de "Príncipe da Paz". Príncipe porque Ele é o único mediador entre Deus e os homens (I Timóteo 2.5). Príncipe da paz, porque Ele intermediou a nossa reconciliação com Deus e estabeleceu a paz: "e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus" Colossenses 1.20. Jesus em João 14.27, nos faz a promessa de deixar esta paz consumada. Não é uma paz como o mundo a dá, pois a paz que o mundo dá, é a paz que depende das circunstâncias. Se estamos com boa saúde, sem problemas com as coisas deste mundo, então estamos em paz. Caso contrário, ficamos perturbados, preocupados e ansiosos. A paz que Jesus nos dá não é uma paz circunstancial, mas a paz com uma Pessoa: é a paz com Deus. "Ele é a nossa paz..." (Efésios 2.14). Nós estávamos mortos em nossos delitos e pecados, e éramos por natureza filhos da ira. Quando estamos no pecado, somos estranhos, e inimigos no entendimento pelas nossas obras malignas (Efésios 2.1-3; Colossenses 1.21). É por isso que Jesus foi feito propiciação por nós. Sem essa propiciação, não poderíamos chegar à Presença de Deus, pois como inimigos de Deus, e a vida no pecado, seríamos fatalmente consumidos pela Sua Glória (Êxodo 33.5). Agora, Jesus é a nossa paz, e a reconciliação com Deus está consumada. Aleluia! É o próprio Deus que afirma isto em Sua palavra quando diz: "Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" Romanos 5.8-10. Tudo isto é prova do seu amor para conosco. O próprio Deus dá testemunho disso quando diz que esta Paz já está estabelecida. Não precisamos mais temer a Ira vindoura. Só provarão da Ira de Deus, àqueles que não crêem que estão mortos e ressuscitados juntamente com Cristo: "Pois quem está morto está justificado do pecado" Romanos 6.7. Todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo (II Coríntios 5.18). Deus nos faz conhecer o que já está consumado em Jesus Cristo quando diz: "agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, fundados e firmes, não vos deixando apartar da esperança do evangelho que ouvistes" Colossenses 1.22-23. Que evangelho você tem ouvido e crido, veja neste textos das Escrituras, que fomos reconciliados com Deus no corpo da sua carne, pela morte. Não somente da morte de Jesus, mas da nossa morte juntamente com Ele. Só mortos e ressuscitados em Cristo, podemos nos apresentar perante Deus, santos, inculpáveis e irrepreensíveis. Nos apresentamos santos, porque fomos santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre (Hebreus 10.10). Inculpáveis porque no sangue fomos totalmente perdoados. Irrepreensíveis porque na nossa morte juntamente com Cristo o pecador morreu, e na nossa ressurreição juntamente com Ele, fomos regenerados (I Pedro 1.3), fomos gerados por Deus em uma nova criatura, feitura de Jesus Cristo, revestidos de Cristo: "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo" Gálatas 3.27. Como Deus nos diz em Romanos 5.10, a salvação é pela Sua Vida. Aquele que está em Cristo é uma nova criatura, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se faz novo (II Coríntios 5.17), portanto, quem está em Cristo, está perfeito nEle: "Estais perfeitos nele, que é o cabeça de todo o principado" Colossenses 2.10. Há muitas pessoas que vivem no pecado, e pensam que tendo como prática pedir perdão a Deus, poder viver desta maneira e Deus aceitá-lo. O pecado é rebeldia contra Deus (I João 3.4), portanto, todo aquele que vive no pecado, também vive na rebeldia. Todo aquele que está no pecado, está separado de Deus (Isaías 59.2), é inimigo de Deus pelas suas obras más (Colossenses 1.21), está morto em delitos e pecados (Efésios 2.1), está destituído da glória de Deus (Romanos 3.23), separado da vida de Deus pela ignorância que há nele (Efésios 4.18), está em Adão (Romanos 5.12), e é do diabo (I João 3.8). Se alguém disser que Cristo vive nele, e continua vivendo no pecado, ela é uma incrédula que nunca viu, nem conheceu a Jesus. Ele não conhece aquele que se manifestou para tirar o pecado, para salvar o seu povo dos pecados deles (Mateus 1.21): "que se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras" Tito 2.14. É incrédulo aquele que ouve Deus dizer que em Jesus nos remiu de toda iniqüidade, e purificou pelo seu sacrifício um povo para si, e continuar vivendo no pecado. Quem diz estar vivendo em Cristo, mas continua pecando, e prega isto como sendo verdade a outras pessoas, estará dizendo que o sacrifício de Jesus não tem poder para tirar os pecados. Todo aquele que assim pensa, professa que o diabo é mais poderoso que Deus. Este é o espírito do anticristo. Estes são os que querem satisfazer o pai da mentira, pois é Deus quem afirma: "Aquele que é nascido de Deus não peca; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus" I João 3.9. Quem nasce de Deus não pode continuar no pecado. Diante da obra consumada, Deus nos chama à purificação quando diz: "Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus" II Coríntios 6.17-18; 7.1. No capítulo 5 de Romanos, por várias vezes o Espírito usa a palavra "muito mais". Com isto, Ele destaca a extrema graça dada por Deus no sacrifício de Jesus Cristo, em razão da transgressão de Adão. No verso 12, Deus nos mostra que por Adão entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todos os homens, por isso é que todos pecaram. Deus nos revela com isto, que todos os homens estavam em Adão quando ele pecou. Como a morte é uma conseqüência do pecado, todos nós pecamos em Adão e estamos mortos para Deus. Vivemos para nós mesmos, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos, e satisfazendo a vontade do diabo, o pai da mentira (João 8.44). A morte é a separação completa da comunhão com o Espírito de Deus. Nesta condição, se alguém anda nas trevas, e diz ter comunhão com Ele é mentiroso, e não pratica a verdade (I João 1.5-6). Aonde estiver o pecado, aí estará a morte. Aonde estiver a morte, aí estará o pecado. Os dois são inseparáveis. Mas onde estiver Jesus Cristo, aí estará a paz, estará a vida: "Quem tem o Filho tem a vida, quem não tem o Filho de Deus não tem a vida" I João 5.12. Muitos não admitem viver sem pecado nesta vida terrena porque não crêem em Deus e no Cordeiro que Ele proveu para si. Para Deus o sacrifício de Jesus foi "muito mais" poderoso, e anulou o poder e a conseqüência da transgressão de Adão e o poder das trevas. "O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor" Romanos 6.23. O dom gratuito de Deus não tem a mesma equivalência da transgressão de Adão, porque se pela ofensa de Adão morreram muitos, "muito mais" a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou para com muitos. Você pode compreender o que significa esta palavra "abundou"? É muito mais do que pagou a conta, eliminou a dívida. Caso isto seja pouco para você, no verso 20, Deus diz que: "onde o pecado abundou, superabundou a graça". Você é um pecador? e tem visto que o pecado é um poder dentro de você que não se pode livrar? Em Jesus você encontrará superabundância da graça, Ele te dá vida e vida com abundância (João 10.10). Nós estávamos em Adão quando ele pecou, e isto trouxe sobre nós o pecado e a morte, mas Deus também nos revela em Sua Palavra que estávamos em Cristo quando ele se ofereceu para se tornar a nossa justiça. A transgressão de Adão trouxe conseqüências sérias para toda a humanidade, mas o sacrifício de Jesus Cristo veio ser "muito mais" abundante, pois, ele não só destruiu toda a conseqüência do pecado, como também o próprio pecado e a morte: "que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos, e que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho" II Timóteo 1.9-10. Enquanto Deus nos fala neste capítulo 5 de Romanos sobre as conseqüências da transgressão de Adão, Ele também mostra que em Cristo foi "muito mais", há abundância de graça, e superabundância derramada sobre nós. Só o incrédulo acha que Jesus não pode tirar do homem o pecado, e a conseqüência da transgressão de Adão. Deus usa em Sua Palavra estas expressões, para mostrar-nos que as bênçãos que nos foram dadas em Jesus Cristo, são infinitamente maiores do que as maldições e as derrotas de nossa pai Adão. A ofensa veio por um só que pecou, mas o dom gratuito veio pelas ofensas de toda a humanidade para o perdão. Por causa do pecado de Adão, a morte veio a reinar sobre todos, tornando-nos escravos do pecado, mas quem recebe a abundância da graça e o dom da justiça, reinará em vida por meio de Jesus Cristo. Portanto, assim como por um só pecado de Adão veio o juízo sobre todos os homens para a condenação, assim também pelo sacrifício de Jesus Cristo, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá a vida. No verso 18 de Romanos capítulo 5, Deus nos ensina que o sacrifício de Jesus Cristo foi um ato de justiça, por toda a humanidade, mas Ele não está dizendo com isto que toda a humanidade está justificada perante Ele. O que Deus está nos ensinando por este texto das Escrituras, é que o sacrifício de Jesus Cristo foi um ato de justiça, sendo que é a justificação que dá a vida. É aqui que Deus nos ensina que ninguém pode ser justificado perante Ele se não conhecer a Palavra da cruz. Neste ato de justiça, temos o sangue derramado por nós, a morte de Jesus e a nossa morte juntamente com Ele, a ressurreição de Jesus e a nossa ressurreição juntamente com Ele. O sacrifício de Jesus foi um ato de justiça, mas é a justificação pela fé que nos dá a vida. Ainda que esta morte seja por todos, só recebem a vida, aqueles que são justificados pela fé nEle. Sobre isto, voltamos a insistir que ninguém pode crer em algo que não ouviu falar. A justificação é pela fé, e só será imputada em alguém como justiça, se esta pessoa crer: "Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça" Romanos 4.3. Podemos constatar isto, quando no verso 19 de Romanos 5, Deus nos diz que não todos, mas muitos serão feitos justos. Deus estabeleceu a lei, com a finalidade de mostrar a incompetência do homem de obedecê-lo sem a vida de Cristo. São muitos os pecadores, e mais abundante as suas transgressões; mas, "onde o pecado abundou, superabundou a graça, para que, assim, como o pecado veio a reinar na morte, assim também viesse a reinar a graça pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor" v.20-21. Esta obra em Jesus Cristo, é o que Deus chama de dispensação da graça. O evangelho é apresentado como um presente, como uma dádiva de Deus para que o homem não pereça, mas tenha a vida eterna. Para isso, Deus dispensou o homem da culpa por Jesus Cristo, e agora o está experimentando à obediência pela revelação de que "tudo está consumado" (João 19.30), "Creias e verás a glória de Deus" João 11.40, "vinde, porque tudo está pronto" (Lucas 14.17), "Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça da água da vida" (Apocalipse 23.17, "Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço" (Isaías 55.1). A dispensação da graça de Deus é o convite de Deus a gozar da Sua Graça. Em toda a Escritura, vemos Deus chamando o homem a esta graça, e que se arrependa dos seus maus caminhos, se converta e seja curado, que creia somente. Até o capítulo 5 de Romanos, Deus trata da graça dada em Cristo Jesus, mas no capítulo 6, Deus nos traz a revelação que no sacrifício de Jesus Cristo, houve uma libertação completa, e não somente perdão. Através capítulo 6 de Romanos, Deus nos mostra toda a obra consumada por Jesus naquela cruz. Como diz o verso 8: "se alguém crer nisso, com ele viverá". Depois de Deus nos revelar que o sacrifício de Jesus não só destruiu a inimizade causada pelo pecado de Adão, mas também destruiu o pecado, a morte, o império do diabo, e muito mais, e nos colocou nos lugares celestiais, debaixo do reinado da graça, pela justiça para a vida eterna. Diante desta salvação poderosa que Deus levantou, libertando-nos de todos os nossos inimigos, permaneceremos no pecado para que a graça de Deus seja mais abundante? De maneira nenhuma. Há uma certa indignação nesta pergunta. Será que depois de toda esta obra gloriosa, feita por Deus e por Jesus Cristo, vamos continuar permanecendo debaixo da escravidão do pecado? A resposta para todos os que crêem é: De maneira nenhuma. Diante da Palavra de Deus, e do fato consumado, não há o que conjeturar. Só há três possibilidades: Ou dizemos: Creio, ou não creio, ou então não sabia disto. Na primeira hipótese, quem crê será salvo, já quem não crê está condenado. Não vai ser condenado, mas já está condenado. Na terceira hipótese, o próprio Deus, no verso 3, pergunta: "Ou não sabeis?" Não é possível crer na obra redentora de Jesus Cristo e continuar vivendo no pecado. Todo aquele que vive voluntariamente no pecado, depois de ter recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários (Hebreus 10.26-27). Todo aquele que está no pecado está destituído da glória de Deus, e todo aquele que vive para Deus, está morto para o pecado pelo corpo de Cristo: "Nós que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?" Romanos 6.2. "Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?" Romanos 6.16. Somos servos daquele a quem obedecemos. Ou servimos a Deus para a justiça, ou ao pecado para a morte, não há outra possibilidade. Não há como viver no pecado diante de Deus, porque todos os que estão no pecado, estão mortos para Deus. Se você não está morto para o pecado, espero que não seja incredulidade, mas ignorância. Não quero que você seja como muitos que pensam que apenas aceitar a Jesus, e não estarem livres do pecado, é suficiente para viverem diante de Deus, mas que você diga: - Eu não sabia disso. Deus no verso 3 de Romanos 6 nos diz: "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte?". Deus não está falando de batismo nas águas, mas do nosso batismo no corpo de Cristo na sua morte. O batismo nas águas não salva, o batismo no Espírito Santo não salva, mas o batismo na morte de Jesus Cristo, é o único batismo que pode salvar. Nós fomos batizados na morte de Jesus Cristo, quando Ele foi crucificado e levantado da terra naquela cruz. É sobre isso que falamos anteriormente e agora Deus vem confirmar pela Sua Palavra no livro de Romanos. Nós, na morte de Jesus Cristo, fomos totalmente identificados com Ele naquela cruz, porque era nós que teríamos que estar lá e pagar toda a dívida. Foi o corpo de Jesus que foi pregado naquela cruz, mas para Deus, éramos nós que estávamos lá: "Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram" II Coríntios 5.14. A morte de Jesus Cristo é a nossa morte, é a morte do pecador, é a morte do velho homem, é a morte da natureza adâmica e pecadora que herdamos de nossos pais, é a morte para o mundo, é a morte para o pecado, é a libertação dessa geração incrédula e perversa. Fomos sepultados com ele pelo batismo na morte, para que como Cristo ressuscitou dentre os mortos para a glória do Pai, andemos nós também em novidade de vida. Porque se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança da Sua morte, certamente o seremos na semelhança da Sua ressurreição. A ressurreição de Jesus Cristo é a nossa ressurreição, é o nosso novo nascimento, é o nascimento de uma vida santa, de uma nova natureza, o viver para Deus, a vida eterna. Jesus morreu e nos incluiu na Sua morte, para que pudéssemos morrer para o pecado, e estamos mortos. Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos, para que nós pudéssemos receber vida, e vida com abundância: "Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida" João 5.24. Aquele que está em Cristo (estar em Cristo, é estar para dentro de Cristo, para dentro do seu corpo em sua morte e ressurreição), nova criatura é (é uma nova criação, não pertence mais a esta geração incrédula e perversa, mas à nova geração dos filhos de Deus em Jesus Cristo); as coisas velhas já passaram (não existe mais o pecador. Deus não nos vê mais em Adão, mas em Cristo); eis que tudo (absolutamente tudo) foi feito por Deus, novo: "os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" João 1.13. A única obra realizada em Jesus, que ainda não somos participantes é a transformação do nosso corpo, o restante, já nos foi dado tudo por Deus: "visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude" II Pedro 1.3. Para Deus, a única parte de nós que ainda continua corruptível, ou mortal por causa do pecado é o nosso corpo, mas para isto Deus já nos proveu a libertação quando diz: "Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto (é mortal) por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita" Romanos 8.10-11. Se você ainda está debaixo da escravidão do pecado, e seu velho homem ainda continua atuando dentro de você, Deus te faz saber no verso 6 de Romanos 6, que o nosso velho homem já foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado fosse destruído, e não servíssemos mais ao pecado como escravos. Deus está nos dizendo que esta obra está consumada, o velho homem FOI com Ele crucificado. Deus está nos dizendo que não foi Jesus somente que foi crucificado naquela cruz, mas que o nosso velho homem também FOI com Ele crucificado. Você sabe por que o nosso velho homem também FOI com Jesus crucificado? Para que o corpo do pecado, isto é, a fonte produtora de pecados, a fábrica de pecados, a árvore má que produz os maus frutos, o coração de pedra de onde procede todo o pecado, fosse destruída, arrancada, desfeita. Este corpo do pecado que nascemos com Ele, FOI com Jesus destruído na Sua morte naquela cruz. Deus destruiu o nosso velho homem em Jesus Cristo, para que pudéssemos ficar livres do cativeiro do pecado, e não servíssemos mais ao pecado como escravos, porque Jesus disse que: "todo aquele que comete o pecado, é escravo do pecado. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" João 8.34, 36. FOI é passado, e se ainda "é" em sua vida, é porque você não sabia, ou não creu. Muitos dizem que ainda viveremos debaixo do domínio do velho homem durante o tempo que vivermos nesta terra. Outros dizem que devemos subjugar o velho homem, e tirá-lo do trono e estabelecer Jesus nele, mas nada disso Deus sustenta em Sua Palavra. Ele consumou todas as coisas, e agora testemunha que em Jesus Cristo, o nosso velho homem FOI crucificado, está morto, destruído. Ele foi crucificado com Jesus, e agora podemos viver em novidade de vida, completamente livres do domínio dele. Em Adão adquirimos este velho homem, em Cristo ele foi completamente destruído. Somente a sua incredulidade pode não fazê-lo participante desta libertação. No verso 8 de Romanos 6, Deus fala aos que crêem: "Se morremos com Cristo, cremos que com Ele viveremos". Morrer com Cristo não é obra da fé, porque é um fato consumado, mas viver com Cristo sim. Todos nós morremos com Cristo, e isso ninguém pode mudar na história, está consumado, mas agora Deus te coloca diante da vida: "Creia que com Ele viverás". Se você crê que morreu com Cristo, você está livre do velho homem e do pecado, e está vivendo com Ele, se você não morreu, você ainda está no pecado, e é escravo dele. Deus não tem mais nada a fazer, tudo está feito. Agora Ele te diz: "Crê somente". Como Jesus disse a Nicodemus, é olhando para Ele que seremos salvos. Nos versos 9 a 14 de Romanos 6, Deus nos ensina como obedecer de coração a forma de doutrina que somos entregues (Romanos 6.17). Uma vez Jesus tendo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais. A morte não mais terá domínio sobre ele. Jesus agora tem as chaves da morte e do inferno (Apocalipse 1.17-18). A morte só tem domínio sobre aqueles que estão no pecado. Jesus não morreu porque pecou, mas morreu porque quando nos atraiu em Seu corpo, tornamos Ele um pecador com a nossa natureza: "Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós" II Coríntios 5.21. "Levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas pisaduras fomos sarados" I Pedro 2.24. No verso 10, Deus nos ensina que Jesus Cristo morreu para o pecado, porque na sua morte, Ele ficou livre dele. Caso Jesus tivesse descido da cruz, depois de ter nos atraído em seu corpo, como intencionada Satanás (Marcos 15.31-32), Ele com toda a certeza seria um pecador comum. Mas foi a sua morte que o livrou do pecado, bem como das nossas iniqüidades que estavam sobre Ele, e de todos os pecados do mundo. Jesus não poderia se livrar do pecado que estava nEle se não tivesse morrido. Nós também não podemos nos livrar do pecado se não morrermos. A Sua morte, foi a própria libertação dele, e é a nossa também. Ele depois que morreu, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas, quanto a viver, vive para Deus. Quando Deus deu vida a Jesus na ressurreição, lhe deu uma nova vida, para viver para Deus e não para o pecado, e assim é conosco também. Nós recebemos a mesma vida que Jesus recebeu na ressurreição, e já podemos gozar dela: "Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?" João 11.25-26. Jesus fez o pecado cessar com a Sua morte, e o pecado ainda não cessou na vida de milhares de pessoas por pura incredulidade. Deus fez com que Jesus verdadeiramente tirasse a iniqüidade desta terra num só dia: "Pois eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos. Eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia" Zacarias 3.9. Deus também com a ressurreição de Jesus, aniquilou a morte para sempre: "Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo; porque o Senhor o disse" Isaías 25.8. Não se engane mais achando que sua religiosidade, ou suas obras lhe levarão para o céu, diga a Deus: - Senhor, ajuda a minha incredulidade. Se Deus aniquilou a morte, é porque aniquilou o pecado, porque onde há morte está o pecado: "mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo" Hebreus 9.26. Jesus tirou o pecado do mundo, e o pecado só existe no interior do homem por causa da sua incredulidade. É segurança repetirmos isso várias vezes. Podemos viver para Deus e não mais para o pecado: "Ora pois, já que Cristo padeceu na carne, armai-vos também vós deste mesmo pensamento; porque aquele que padeceu na carne já cessou do pecado; para que, no tempo que ainda vos resta na carne não continueis a viver para as concupiscências dos homens, mas para a vontade de Deus" I Pedro 4.1-2. Deus ainda nos diz: "Eu os remirei do poder do Seol, e os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó Seol, a tua destruição?" Oséias 13.14. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Aleluia. Como tudo o que foi feito por Deus em Jesus Cristo, foi feito em nosso favor, Deus agora nos leva pela Sua Palavra, no verso 11 de Romanos 6, a considerarmos este sacrifício. Considerar significa tornar equivalente, isto é, ser igual em valor, nos colocarmos na mesma condição que Jesus, nos equipararmos a Jesus, se igualar em sorte. Com isto, Deus em Sua Palavra, está nos dizendo que é para acrescentarmos à fé a virtude. Se Jesus Cristo morreu por nós, sendo que a Sua morte foi para o pecado, e a sua ressurreição para viver para Deus, sendo exaltado e assentado nos lugares celestiais, nós agora podemos ser igual em valor perante Deus. Podemos nos colocar na mesma condição, se equiparar a Ele em sorte, nos considerarmos mortos para o pecado, e vivos para Deus; assentados nos lugares celestiais em Cristo. Será que isto é prepotência de nossa parte? Será uma incredulidade se não considerarmos assim como Deus diz. Se alguém crê que morreu com Cristo, vive com Ele. Quem passa a reinar em nossa vida é Jesus, portanto, ainda que o nosso corpo seja mortal, vivemos por causa da justiça. O pecado não mais reina sobre nós, nem tampouco os nosso membros são oferecidos ao pecado como instrumentos de iniqüidade, mas a Deus, como ressurretos dentre os mortos. Não estamos mais vivos para o pecado, mas mortos. Mortos para o pecado, e vivos para Deus pela vida da ressurreição. Agora não nos apresentamos mais a Deus como pecadores, mas como ressurretos dentre os mortos, em novidade de vida. Não estamos mais em Adão, mas em Cristo. Agora, como diz Deus no verso 14 de Romanos 6, o pecado não mais terá domínio sobre nós, porque não estamos mais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Não tentamos mais agradar a Deus pela obediência da lei, mas somos agradáveis a Deus no Amado (Efésios 1.6): "Bendito, seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo, e para nós fez surgir uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo; assim como desde os tempos antigos tem anunciado pela boca dos seus santos profetas; para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; para usar de misericórdia com nossos pais, e lembrar-se do seu santo pacto e do juramento que fez a Abraão, nosso pai, de conceder-nos que, libertados da mão de nossos inimigos, o servíssemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos; para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados, graças à entranhável misericórdia do nosso Deus, pela qual nos há de visitar a aurora lá do alto, para alumiar aos que jazem nas trevas e na sombra da morte, a fim de dirigir os nossos pés no caminho da paz" Lucas 1.69-79. Podemos agora andar em novidade de vida, uma vida santa vinda de Deus e não a que herdamos de nossos pais. Com esta nova vida, podemos andar como Ele andou: "qual Ele é, somos também nós neste mundo" I João 4.7. É esta nova vida que Deus nos mostra no capítulo 8 de Romanos. Já falamos dela em nossa explanação geral, mas neste capítulo, Deus nos mostra que esta nova vida debaixo da graça, é operada pelo Espírito de vida em Cristo Jesus. Não mais andamos num espírito de escravidão para outra vez estarmos em temor, mas no espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba Pai. Todos os que são guiados por este Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Quando estamos na carne, as paixões dos pecados, nos inclinamos para as coisas da carne. O bem que queremos fazer, não fazemos, mas o mal que não queremos fazer, esse é o que fazemos. A inclinação da carne é morte, é inimizade contra Deus, pois quando estamos na carne, não nos sujeitamos a Deus, e nem podemos nos sujeitar; e os que estão na carne, não podem agradar a Deus. Mas debaixo da lei do Espírito de vida em Cristo Jesus, não estamos mais na carne, mas no Espírito. Se é o que o Espírito de Deus habita em nós, mas quem não tem o Espírito de Cristo, ainda está na carne, e o tal não é dEle. Debaixo desta graça, os que são segundo o Espírito, inclinam-se para as coisas do Espírito. Aquele que vive no Espírito, tem vida e paz. Como antigamente vivíamos em Adão, agora vivemos em Cristo: "Pois eu pela lei morri para a lei, a fim de viver para Deus: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim" Gálatas 2.19-20. Quem vive em Cristo, mesmo vivendo na carne, vive pela fé no Filho de Deus. Toda a Palavra de Deus testifica esta nossa identificação juntamente com Cristo. Esta identificação e tudo o que ocorreu naquela cruz nos é revelada por Deus pela Palavra da cruz. Jesus se identificou conosco no pecado, para que pudéssemos hoje nos identificar com Ele na Sua vida exaltada. O que Romanos 8 nos mostra, é que uma vez conhecendo e crendo nesta identificação, cada um recebe a adoção realizada pelo Espírito de Cristo. Jesus é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (II Coríntios 3.17). Não adianta somente saber, é necessário, como Jesus disse, nascer da água e do Espírito (João 3.5). Se o Filho nos libertar, verdadeiramente seremos livres (João 8.36), caso contrário, só haverá uma mudança externa, de aparência. Não pode haver libertação, se não houver o lado vital da nossa redenção: a santificação do Espírito e fé na verdade (II Tessalonicenses 2.13). Novo nascimento é: "não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim", e isto não pode ser só de língua nem de palavras, mas por obra e em verdade. Cristo tem que estar dentro de você, caso contrário, você nunca foi lavado da sua iniqüidade, e está reprovado (II Coríntios 13.5). Em Cristo foi feito um ato de justiça, e agora esta justiça tem que ser imputada por Deus no nosso interior: "Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis" Ezequiel 36.26-27. Em Jesus Cristo, Deus consumou a obra de justiça, agora é necessário que ela se cumpra no nosso corpo, no coração, ela é a circuncisão de Cristo, feita no nosso interior. Não é eu e Cristo, mas Cristo. O novo nascimento não é uma dupla identidade entre eu e Cristo, mas uma única identidade: Cristo. Quando Deus diz: "Já estais mortos", Ele está nos dizendo que fomos mortos, estamos mortos e estaremos mortos para a eternidade. Todos precisam desta obra vital do Espírito, porque o Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita (João 6.63). O Espírito é o único que tem o poder para executar a nossa morte, como também operar a nova vida. Se você acha que suas obras, sua religião, seus cargos podem te levar à salvação, saiba que eles conduzem à morte, mas se pelo Espírito, você mortificar as obras do corpo, então você viverá. Se esta é a sua condição, diga ao Senhor: - Senhor, eu crucifico tudo o que é da minha carne, e recebo tudo o que é do Seu Espírito. Amém. Quando você crê em Sua Palavra, e nasce do Espírito, você não precisa mais se esforçar para se apresentar justo e santo diante de Deus, porque a nossa justiça se consumou quando fomos pregados com Cristo naquela cruz. Morremos e fomos sepultados juntamente com Ele. Recebemos vida e ressuscitamos juntamente com Cristo, e finalmente fomos assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Jesus passa a ser a nossa justiça, e não os nossos atos: "Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará em segurança; e este é o nome que lhe chamarão: O SENHOR É NOSSA JUSTIÇA" Jeremias 33.16. Quando Deus no uso de Sua soberania, abre os nossos ouvidos para ouvirmos a Sua Palavra, esta mesma palavra se torna espírito e vida em nós. Ela invade o nosso ser, e nos traz fé, justificação, santificação e glorificação pelo Espírito de Cristo que em nós passa a habitar: "no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa" Efésios 1.13. Qualquer pessoa pode ser religiosa, reta, e temente a Deus, mas se não nascer de novo, não pode ser livre do pecado, não pode agradar a Deus e viver para Ele, não pode andar como Jesus andou, não pode praticar a justiça, não pode amar, não pode vencer o mundo, e não pode ficar livre do Maligno e do Lago de Fogo, isto é, não pode ver o Reino de Deus, e nem entrar nele. A prova desta experiência é o pecado. Se o pecado ainda habita em você, Jesus não está aí. Não pode habitar numa mesma casa, o pecado e o libertador do pecado: "Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado? De modo nenhum" Gálatas 2.17. Onde está o pecado, Jesus não está, e onde está Jesus, o pecado não está. O diabo e o pecado estarão no Lago de Fogo, e Jesus e a santidade, estará na Nova Jerusalém. Onde você estará?: "Portanto levantai as mãos cansadas, e os joelhos vacilantes, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que é manco não se desvie, antes seja curado. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus; e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas" Hebreus 12.12-17. Não venda o seu direito de primogenitura em Jesus Cristo por um prato de boas obras e religiosidade. Nós não recebemos o espírito do erro, mas o Espírito da verdade, o Espírito que provém de Deus, para nos conduzir a toda verdade. O Espírito é o que testifica todas essas coisas. Jesus disse: "Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei. E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" João 16.7-8. Nós não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido da parte de Deus. Não estamos com este estudo trazendo algo para ser considerado pela mente humana, porque o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, para ele parecem loucura, e não podem entendê-las, porque elas discernem espiritualmente ( I Coríntios 2.14). Estamos sendo triunfantes, porque em todo lugar, difundimos o cheiro do seu conhecimento. Cheiro de vida para a vida, e cheiro de morte para a morte. O Espírito por nós difunde o cheiro de morte para aqueles que não crêem, e o cheiro de vida para aqueles que crêem (II Coríntios 2.14-16). A Palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos, é o poder de Deus. Somente pelo conhecimento desta Palavra, alguém pode chegar a libertação do seu pecado. Só nela, o Espírito tem o poder de transformar um pecador em um santo, e é assim que aprouve a Deus: "Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem" I Coríntios 1.21. Cuidado, não coloque a sua mente natural nem o seu conhecimento teológico nas coisas de Deus, porque Deus "apanha os sábios na sua própria astúcia", e "Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus" (I Coríntios 3.19; 1.27-29). É verdade que toda a Bíblia é perfeitamente evangelística, e que testifica de Jesus, porque o evangelho, a boa notícia é Jesus Cristo, mas ninguém poderá ser salvo sem conhecer a Palavra da cruz. Falar de tudo, e excluir a Palavra da cruz, é tornar vã a cruz de Cristo (I Coríntios 1.17). É ouvindo a Palavra da cruz que alguém nasce de novo, porque ninguém pode nascer, se primeiro não morrer. É na morte de Cristo que fomos mortos, e é na ressurreição de Jesus Cristo que nascemos de novo para uma nova vida. Novamente queremos ratificar o que dissemos no início: "Não pode haver alguém que tenha nascido de novo, e esteja salvo, e nunca ouviu falar sobre a Palavra da cruz, isto é, nunca ouviu falar que tinha morrido e ressuscitado juntamente com Cristo? Temos visto que não. Você pode participar de uma igreja evangélica, ter cargos, ser fiel nos dízimos, ser temente a Deus, procurar viver isento da corrupção que há no mundo, mas se nunca experimentou pela fé na Palavra da cruz, a morte de seu velho homem, e o seu novo nascimento pela vida de Cristo no seu interior, você ainda está no seu pecado, e está indo para o inferno com toda a sua religiosidade. Se alguém não puder professar sua fé nesta Palavra: "Já estou crucificado com Cristo, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim", está completamente perdido, não se encontra escrito no Livro da Vida do Cordeiro. O seu temor consiste em mandamentos de homens aprendidos de cor (Isaías 29.13). Todos os testemunhos que temos encontrado, entre aqueles que viviam na sua religiosidade, e agora conheceram e creram na Palavra da cruz, tem sido: "Ouvi falar de Jesus durante toda a minha vida, mas nunca encontrei libertação completa. Somente quando ouvi falar da minha inclusão no corpo de Cristo, que morri para o pecado juntamente com Cristo, e ganhei uma nova vida quando ressuscitei juntamente com Cristo, é que alcancei completa vitória. Somente quando ouvi a Palavra da cruz é que verdadeiramente fui salvo". Esses testemunhos não temos encontrado em algumas pessoas, mas em todas aquelas que tem vivido uma vida cristã plena. Muitos falsos profetas tem saído pelo mundo, este é o espírito do anticristo. Eles curam superficialmente a ferida do povo dizendo: paz, paz quando não há paz. Promete-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo. Homens ímpios, que convertem em dissolução a graça do nosso Deus e negam o nosso único Soberano Senhor, Jesus Cristo. São homens amantes de si mesmos, gananciosos, soberbos, presunçosos, sem afeição natural, amigos dos deleites, tendo aparência de piedade, humildade fingida, mas negam-lhe o poder. Estão sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade. E assim como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e reprovados quanto a fé (I João 4.1-3; Jeremias 8.11; II Pedro 2.19; Judas 4; II Timóteo 3.1-8). Não devemos temer a face de ninguém, porque o juízo é de Deus (Deuteronômio 1.17). Esta não é uma doutrina de uma ou de outra denominação, nem de homem algum. A Palavra da cruz é o testemunho de Deus, e se alguém ou mesmo um anjo do céu vos pregar um outro evangelho, além do que já vos pregamos seja considerado uma maldição, um anátema (Gálatas 1.18). Nós não somos falsificadores da Palavra de Deus, como tantos outros, mas é com sinceridade de Deus, e da parte de Deus, e na presença do próprio Deus que em Cristo falamos. Se alguém quiser ser poderoso no falar, e ter eficácia na salvação de outras vidas, não poderá pregar outra Palavra, senão: "a Jesus Cristo, e este crucificado". A Palavra da cruz é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Não estamos com isto ignorando a utilidade das Escrituras para ensinar, repreender, corrigir e para instruir em justiça (II Timóteo 3.16), mas a única Palavra que tem poder de salvar é a Palavra da cruz: "nós pregamos a Cristo crucificado... poder de Deus e sabedoria de Deus" I Coríntios 1.23-24. Todo aquele que verdadeiramente foi salvo por esta Palavra, está encarregado por Deus de pregá-la: "De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus" II Coríntios 5.20. A Palavra da cruz é o ministério da reconciliação que nos foi encarregado por Deus, e não pode haver reconciliação sem morte. Também ninguém poderá pregá-la se não tem pela fé, uma experiência com Ele. Que Deus os abençoe, e faça resplandecer o Seu rosto sobre vós. É na Sua luz que vemos a luz. Lâmpada para nossos pés é a Sua Palavra, e luz para o nosso caminho. Olhem para Ele, e serão iluminados, os seus rostos não serão confundidos. Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Por que se queixaria o homem vivente, o homem por causa do castigo dos seus pecados? Esquadrinhem os seus caminhos, prove-os, e voltem-se para o Senhor. Levantem os seus corações com as suas mãos para Deus no céu, e diga: Nós transgredimos, e fomos rebeldes, perdoa-nos. Abra os olhos do nosso entendimento e nos dê espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento de Ti mesmo. Ilumine os olhos do nosso coração, para que saibamos qual a esperança da nossa vocação, e quais as riquezas de glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para conosco os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita nos céus, muito acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas. Amém Senhor. Venha sobre nós a Tua Graça.
Em Nome de Jesus, para a Glória de Deus Pai. Amém.
Edward Burke Junior

| O Passaporte do Crente para a Terra da Promessa |

O Passaporte do Crente para a Terra da Promessa

Nascimento Natural: Primeiro Pai: Adão (Rm. 5.12) País Natural: O Mundo Nascimento do Espírito:Lugar de Nascimento: O calvário - Lc. 23.23 O Pai: O Deus Vivo - Ex. 20.23; Jo. 17.6,11 Irmãos e Irmãs: Todos os filhos de Deus - Hb. 2:10,14 O Fiador: O Sumo Sacerdote - Hb. 8:1; 1 Jo. 2:2,3 Sua aparência: Como contristados, mas sempre alegres - Mt. 5:4; At. 6:15 Seus olhos: Brilhantes – At. 1.11 Seus ouvidos: Prontos para ouvir – Tg. 1.19 Seus cabelos: Todos numerados – Mt. 10.30 Sua Altura: Pequena aos olhos dos homens; grande aos olhos de Deus 1Sm 17.28; Sl. 78.70 Suas vestes: Veste da Justiça de Cristo - Apoc. 6.11; 7.14; Is. 61.10 Seu Alimento: Oração e serviço de amor - Ef. 6.16; 1Tess. 1.3 Seu idioma: Desconhecido do mundo; conhecido dos filhos de Deus. Lugar de Descanso: O Esconderijo do Altíssimo – Sl. 91.1 Seu caráter: Ódio ao pecado, amor para com Deus e Seus filhos e paciência com todos os homens – 2Co. 4.2 Seu Destino: O Céu – Ef. 2.18,19 Sua cidade: A Nova Jerusalém – Apoc. 21.10 Direito de Entrada: O Sangue do Cordeiro (Jesus) Sua Propriedade: Uma herança incorruptível – 1Pd. 1.4,5 Cântico Para o Caminho: Louvor ao cordeiro que foi morto - Rm 15.11; Apoc. 5:12 Assinatura: “Eu, Jeová, o disse” – “Eu não mudo.” Pronunciado no Palácio Real “antes da fundação do mundo” (Is. 46.11; Mal. 3.6; Sl. 45.15; Is. 28.23; 1Co. 3.11). Testemunhas: Jesus Cristo (Apoc. 1.5) O Espirito Santo (Rm. 8.16; 9.1) Selado com: A Cruz (Gl. 6.14) - A Coroa (2Tm. 4.8)Autor: Delcio Meireles